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 [FIC] Ruthless (nome provisório)

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MensagemAssunto: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptySeg Jul 06, 2009 12:07 am

Ae gemte. minha segunda fic ^^
Espero que gostem.
P.S.: por favor comentem (com sinceridade).


I


Apresentação do personagem principal
e como são os detalhes da transformação em morcego,
tele-transporte e ultra-velocidade.


“O mundo surgiu das trevas e para as trevas retornara”, era o pensamento de um homem magro, alto, de curtos cabelos brancos e olhos azuis, ao entrar por um beco iluminado pela lua cheia. A sua frente estava uma mulher de aparentemente dezoito para dezenove anos, de longos cabelos negros e olhos de mesma cor.

- SOCORRO! ALGUÉM POR FAVOR ME AJUDE! - Gritava ela, enquanto corria, sem rumo.

- Vocês humanos... Sinceramente... - Indaga o homem um pouco depois de surgir na frente de sua presa. - Às vezes penso por que temos que nos alimentar de algo tão falso.

Sem ter como reagir, a mulher sente seu sangue se esvair pelo pescoço, um pouco depois de sentir duas agulhas lhe penetrarem a carne.

- Ora... Ora... Filosofando com a comida... O que será que sua mãe diria sobre isso, Ruth? - Pergunta um homem magro, curtos cabelos espetados e vestido como gótico um pouco a frente.
- Ruthless, meu nome é Ruthless!

- Que seja... Mas, ao menos conversou com ela ou já partiu para o ataque?

- Não te interessa... E, se eu fosse você voltaria para a casa. Sabe, já é muito tarde para criança estar andando sozinho na rua. - A esta altura o corpo da mulher já estava ao chão, gélido e sem vida.

- Ora... Não responderei para não termos que discutir, mesmo porque vim aqui para te dar um recado de Mariana...

- E o que estás esperando? Diga logo Flávio se não quiseres fazer companhia a esta mulher no outro mundo.

Deixando um rastro de poeira negra, o rapaz se aproxima.

- Ela quer que você vá vê-la às três e meia desta mesma manhã.

Sopra uma forte ventania e Ruthless transforma-se numa cortina de poeira negra que toma a forma de um morcego.

- Sabe... Eu deveria perguntar por que ele recusa-se tanto a usar o tele-transporte... Na minha opinião é mais conveniente. Você também não acha? - Pergunta Flávio para a mulher morta sobre o chão. - E eu tenho que parar de falar com defuntos...

Mas uma vez uma ventania seguida de uma cortina de poeira negra, agora sob Flávio, que se desmaterializa.
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyTer Jul 07, 2009 12:25 am

II


A lenda por trás do surgimento
dos bruxos. O porquê dos vampiros
beberem sangue e Os Caçadores.


- O que queria comigo? - Pergunta Ruthless a Mariana, que estava a sua frente, deitada em um sofá.

- Sempre direto ao ponto... - Ela então levanta, revelando por um inteiro um fino vestido preto.

Mariana tinha a face jovial e pura de uma adolescente, um corpo delicado, porém muito atraente e uma pele macia como a de um bebê.


- Não enrole... Diga: “o que queres comigo”?

- Quero conversar a respeito dos Caçadores.

- Nunca foram um problema.

- Não até agora... Alinharam-se ao bruxos.

- O QUE?!

Por quase toda a eternidade a humanidade temeu aos vampiros assim como uma zebra teme ao leão. Alguns, cansados de fugir, se ajuntaram formando Os Caçadores que, na antiga idade média, era um grupo de elite especial dos reis e rainhas, encarregados de se livrarem do único predador natural do ser humano.

Com o passar dos anos e a evolução da ciência quase não mais são vistos, temendo serem chamados de loucos, mas, principalmente, serem extintos por aqueles que eles juraram aniquilar.

Os bruxos nada mais eram que “humanos com poderes”. Segundo uma antiga lenda, muito conhecida entre eles e pelas criaturas ocultas, um anjo havia apaixonado-se por uma humana. Este amor acabou gerando uma menina.
O anjo em questão, como não poderia retornar ao céu após manchar sua pureza, acabara virando um simples humano, vivendo ao lado de sua esposa até ambos falecerem. Como sua filha possuía a alma pura de um ser celestial e a carne manchada de um humano, conseguia manipular a criação a seu bem prazer - convencionando-se mais tarde chamar isto de magia -, porém, ainda possuía todas as fraquezas de uma pessoa normal.

- Sim... É a primeira geração de bruxos Caçadores de que se tem noticia.

- Não entendo... Eles nunca encostaram a mão em nós por uma regra própria deles: “não fazer mal a nenhuma criatura, seja ela deste mundo ou não”.

- Sei desta regra, assim como sei do auto grau vingativo que eles possuem.

- Como assim?

- Sei que é idiota responder uma pergunta com outra, mas, “você, mais que ninguém, sabe o porquê, de nós vampiros, corrermos atrás de sangue humano, não sabe”?

- Sim...

Alguns séculos depois do mundo ser criado, o homem surge de forma desconhecida. Desta mesma forma surge seu predador natural, quase idênticos a sua presa, porém, com um adicional: absorvia todas as habilidades, conhecimentos, nutrientes e alimentos de sua presa através do sangue, assim como sua vitalidade.

Uma única mordida não era suficiente devido ao mesmo porque de um homem normal não poder ficar muito tempo sem beber e comer.

- Pois então... Alguns de nós, ansiosos por mais poder, resolveram atacar filhotes desta outra raça, os deixando furiosos.

- Mas... Um bruxo possui a alma extremamente pura, mais pura até que a luz do sol. Um verdadeiro veneno para nós.

- É isso que quero entender... Mas acho que...

- “...A alma pura de um anjo e um corpo corrupto de um humano”. - Interrompe Ruthless. - É claro... O sangue não é puro o suficiente para nos matar mas também corrupto o suficiente para apenas no revitalizar...


Última edição por Anime_CG em Sex Ago 14, 2009 8:35 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyQua Jul 08, 2009 10:47 am

Legal Legal Legal *-* quero mais xD
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyQua Jul 08, 2009 12:23 pm

III


O motivo da revolta dos bruxos
e o primeiro ataque de um vampiro a um deles.


Em uma enorme biblioteca, composta de várias poltronas, um jogo de xadrez ao centro e um relógio de pêndulo próximo a uma parede estavam três homens conversando.

- Ainda sou contra atacar a raça dos vampiros por causa do erro de apenas um. Assim também acontece conosco e nunca todos tiverem que pagar pelo erro de apenas um. - Discursava um senhor, de aparentemente quarenta e cinco anos, cabelos grisalhos na raiz e preto nas pontas.

- É ai que mora o problema: eles sempre atacaram minha raça e nenhum de vocês se quer prostraram nos ajudar. - Responde o segundo homem, de uns trinta para trinta e cinco anos, cabelos curtos e feições sérias.

- Não façamos caso... Não queríamos nos envolver em uma guerra que não é nossa. - Finaliza o terceiro, da mesma idade do segundo homem, porém, com feições mais levianas.
Neste momento materializa-se uma linda jovem naquele local. Vestia um longo vestido em degrade verde e branco e longos cabelos ruivos aloirados. Possuía olhos castanhos penetrantes e uma suave pele branca.

- Lúcio, tenha calma. Sei que nunca os ajudamos mas era justamente, como já dito por Marcelo, porque não queríamos nos envolver numa guerra que não é nossa. - Ela anda alguns passos e senta numa poltrona, de frente para os três. - Márcio, a questão não é a de que todos devem pagar pelo erro de apenas um e sim porque eles conseguem tudo que possuem através do sangue que bebem. Agora que descobriram que podem angariar mais poderes nos atacando, tenho quase certeza de que não mais estaremos tão seguros quanto antes.

- Mas há um grande risco... Mesmo possuindo metade do código genético humano vocês ainda são mais poderosos que eles. - Indaga Lúcio, desgostoso com suas próprias palavras.

- Sim... Mas um exemplo de que estão dispostos mesmo assim fora Bianca...

Em um inicio de noite, com a lua em seu estado crescente, Bianca - uma menina de dez anos, magra, pele morena e cabelos lisos que batiam no seu ombro - voltara para a casa retornando de um dia exaustivo na escola, principalmente depois de ter que ficar até mais tarde em decorrência de seu treino de futebol.

O caminho por onde a menina tinha que passar era claro e movimentado assim como o ponto de ônibus, onde ela sempre embarcava, também estava sempre cheio.

Antes de chegar ao seu primeiro destino, uma forte ventania a assusta assim como as pessoas que estavam um pouco adiante. Bianca é envolta por uma cortina de poeira negra, que a carrega até o alto de um prédio onde ela se vê junto a um adolescente, de uns dezesseis para dezoito anos.

- O que você quer?!

- Não precisas saber. Logo não mais pertenceras a este mundo. - Responde o garoto, já atacando sua jugular e a fazendo soltar um grito.

Poucos minutos depois Bianca cai morta ao chão, sem uma gota de sangue no corpo, enquanto que seu assassino sentia uma estranha sensação de que estivesse bebido algo alcoólico. Ele então desmaia.

Uma hora passa e os dois ainda estavam no alto daquele prédio. O rapaz retoma a consciência e se levanta sentindo o sangue que havia tomado ser absorvido pelo seu corpo. Quando, em fim, o processo termina, um grande poder exala dele, levantando uma enorme cortina de poeira negra em forma de tornado, que chegou a assustar quem passava pelo local. Duas enormes asas de morcegos brotam de suas costas enquanto que suas presas haviam crescido involuntariamente e seus olhos estavam vermelhos. Ele então sai voando como se nada estivesse acontecido.


Última edição por Anime_CG em Sex Ago 14, 2009 8:36 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyDom Jul 19, 2009 10:23 am

IV


O nome do vampiro que atacara Bianca e uma
pequena reunião entre seus pais, Mariana e Ruthless.


- Antes que me questione, Marco é o nome do vampiro que atacou a criança bruxa. É filho de Gustavo e Ana. - Indaga Mariana para Ruthless.

- Mas o que houve na cabeça deste moleque para atacar-la?

- Não sei. Chamei seus pais aqui. Logo surgirão.

Quando Ruthless iria fazer seu comentário acerca do que tinha acabo de ouvir um homem - de trinta e poucos anos, curtos cabelos negros, olhos esverdeados e hipnóticos - e uma mulher - que aparentava ser quinze anos mais nova que seu acompanhante, olhar angelical e longos cabelos negros - surgem na sala, materializando-se através de uma cortina negra de poeira, que desaparecera ao cair no chão.

- Pontuais como sempre. - Comenta Mariana, os convidando a se sentarem em uma poltrona dupla que havia a frente do sofá onde ela e Ruthless estavam.

- Tens noticias de Marco? - Pergunta a mulher.

- Infelizmente não, Ana. - Responde Mariana.

- Você foi ao lugar do ataque? - Desta vez é o homem quem questiona.

- Sim, Gustavo e, devo acrescentar que o clima por lá não era um dos melhores e isto não graças somente pela morte da criança bruxa.

- Conte-nos como foi. - Agora é Ruthless quem fala.

- Quando ouvi os boatos acerca do ataque fui logo ao local, que fica no centro desta cidade. Ao chegar vi que já havia bruxos lá, analisando o local para ver como aquilo acontecera. Para minha sorte faltavam ainda uma hora e meia para o sol começar a surgir. Quando a mãe da garota me viu quis atacar-me, mas seu marido a conteve. Infelizmente não pude conversar com ninguém porque meus instintos disseram-me para ir embora.

- Isso é mau. Tenho medo que, por causa deste incidente comece uma guerra. - Comenta Gustavo.

- Eu já acho que vêm coisa pior. Para Lúcio - chefe regional dos Caçadores - ter ido ao chamado deles é porque quer aproveitar-se da situação. - Indaga Mariana.

- Pior? Tenha a santa paciência. Os Caçadores não mais representam perigo algum para nossa raça. Os humanos não mais acreditam que haja um predador natural para eles. - Questiona Ruthless.

- Não os subestime. A “magia humana, que eles chamam de ciência”, evoluiu muito. Não creio que o grupo criado especialmente para nos extinguir não tenha acompanhado esta evolução. - Responde Mariana.

- Para mim não há o que se criar caso. Se os humanos vierem atrás de nós basta fazer o que eles fazem com o gado: os enclausurar e, por fim dominar este planeta. Replica Ruthless.

- O ruim é que neste ponto somos parecidos com os humanos: nossa raça tem de tudo para ser sociável, mas, assim como nossas prezas, nos odiamos e travamos guerras. - Comenta Ana.

- Proponho irmos atrás de Marco antes que os bruxos o encontrem. Se isto acontecer não mais verão seu filho. - Termina Mariana.

Os três transformam-se em morcego e saem por onde Ruthless havia entrado anteriormente - uma janela adjacente ao sofá e as poltronas.


Última edição por Anime_CG em Dom Ago 16, 2009 11:51 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyDom Jul 19, 2009 4:09 pm

Por incrivel que pareça e talvez por nao ter mais nada que fazer, porque vou ser honesta nao tenho paciencia alguma para ler fic's no entanto...e acho que existe alguma semelhança entre a tua fic e a saga Crepusculo, esta fic chamou-me a atençao ^^ e por isso começei a le-la...
Devo tambem dizer que inicialmente fiquei desapontada porque a lindissima mulher morreu T_T mas continuei a ler ^^ e cada vez tou mais curiosa sobre o que aconteceu com a criança bruxa...isto é, o que eu quero saber é se ela de facto morreu!! ^^'' por isso espero pelo proximo capitulo para saber mais =')

Por enquanto tens feito um optimo trabalho ^^ continua assim anime_cg Wink
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptySeg Jul 20, 2009 6:46 pm

Obrigado Lianocas, um amigo meu já havia me dito que escrevo parecido com a autora de Crepúsculo.

Bem, ai vai o quinto capitulo. Espero que gostem.


V


A guerra dos vampiros e lobisomens e
o resultado da autópsia de Bianca.


- Mas eu sinceramente acho que eles ainda não sabem que podem obter nossos poderes bebem nosso sangue. - Indaga Márcio.

- Não... Não só tenho certeza de que já sabem disso como também devem estar estudando o garoto que atacou Bianca. Responde Lúcio.

- Mas, Liana, o que você acha? Afinal a menina atacada era sua sobrinha. - Pergunta Marcelo a mulher com vestido em degrade verde e branco.

- Só quero que ele e todos os vampiros paguem. Nunca os fizemos mal por pura piedade já que também eles nunca haviam encostado um só dedo em nós. - Até então a expressão no rosto dela mostrava uma serenidade e calma divinal, mas, após o discurso era possível sentir um forte ódio em seu olhar.

Por um instante todos ficaram quietos. Um silêncio melancólico pairou sobre a sala até ser quebrado por um som de campainha emitida por uma pequena caixa retangular que estava sobre um criado mudo ao lado do sofá onde estavam Lúcio, Marcelo e Márcio.

- Correspondência. - Indaga Márcio, retirando da caixinha um envelope, com seu nome no verso.

- Abra. Deve ser noticias do resultado da autópsia em Bianca. - Pede Liana, olhando fixamente aquele envelope.

Márcio abre o envelope e retira um pedaço de papel dobrado que lá havia e lê em voz alta seu conteúdo.

Meu grande amigo Márcio, como vais?

Sei que a resposta poderia ser que não, graças ao terrível acidente que a pouco acontecera com a filha de nossa outra querida amiga Samara.

Pois bem, este meu costume de me enrolar nas palavras não é muito aceitável nas atuais circunstâncias e é por isso que vou direto ao assunto: a autópsia em Bianca nos revelou que ela morreu como uma vítima humana qualquer, sem direito a defesa e, provavelmente mal sabia o que estava acontecendo. O bom (se pode ser chamado assim) é que ela partira sem sofrimento. Também estamos pesquisando as possíveis reações do sangue dela dentro do organismo de um vampiro e, infelizmente neste ponto as notícias tornam-se piores, já que estamos nos baseando em lendas e muitas delas afirmam o surgimento de um predador natural aos “anjos- humanos”.

Por enquanto é somente isto. Qualquer outra noticia será lhe passava em breve.
Até mais.

Pedro de Alcântra.


- Anjos-humanos... Quanto tempo não ouço este termo. - Suspira Marcelo, logo ao termino da leitura.

- Então a coisa pode tornar-se muito pior... Se essas tais lendas forem verdadeiras não só os humanos como nós bruxos seremos aniquilados. - Indaga Márcio.

- Tenho certeza que estas lendas não são reais. Muitas delas foram baseadas na guerra que eles tiveram contras os lobisomens e de como quase se autodestruíram. Os mais poderosos de minha raça até criaram um filme sobre ela. - Responde Lúcio.

A guerra entre vampiros e lobisomens começara oficialmente logo após o inicio da primeira revolução industrial inglesa.

Os lobisomens queriam que os vampiros parecessem de atacá-los quando vulneráveis.
A guerra entre ambas as partes gerou inúmeras baixas e terminou oficialmente no inicio deste século, porém, continua indiscretamente nas noites de lua cheia.

- Olha a hora! São cinco e meia da manhã. Vou dormir que tenho assuntos a tratar amanhã de tarde. Até mais. Despede-se Marcelo, desaparecendo no nada.

Assim também aconteceu com Liana.

Lúcio utilizou a porta oculta que havia por trás de uma daquelas prateleiras de livros.


Última edição por Anime_CG em Dom Ago 16, 2009 11:54 pm, editado 3 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyQua Jul 22, 2009 3:58 am

VI


Para onde foi Marco,
como ele descobrira sobre o “sangue bruxo”
e um pouco sobre August Montreal e Emanuel Fidalgo.


Após voar sem rumo durante algumas horas pela cidade, Marco visualiza no horizonte o nascer do sol e um medo toma conta de sua alma. A primeira coisa que pensara era em se tele-transportar para casa, mas sabia que as noticias corriam rápido e com certeza seria muito repreendido por seus pais. “O que farei?” Perguntava-se ele.

O rapaz de dezesseis para dezessete anos nascera vampiro e desde pequeno ouvia que em hipótese alguma poderia ficar exposto a luz do sol. Como bom rebelde que era, descobrira o porquê daquela regra da pior forma possível: quase morrendo queimado quando tinha doze anos ao fugir de casa às doze horas da tarde.

Marco descobrira sobre o sangue bruxo através de um livro escrito por um dos mais renomados estudiosos em lendas vampirescas: August Montreal. Nele o autor narrava as aventuras de Emanuel Fidalgo, um dos mais polêmicos vampiros da Idade Média - da qual desafiara não só aos humanos como também todas as leis impostas a sua raça, incluindo o código de ética de nunca beber sangue bruxo.

Foram necessárias apenas três semanas para que o adolescente planejasse seu ataque.
“Para onde vou? Não posso voltar para a casa. Mamãe e papai me botariam de castigo se não fizeram coisa pior.” Eram os pensamentos de Marco um pouco antes dele avistar um enorme letreiro em neon, que indicava que o prédio mais abaixo era um hotel.

- Olá meu jovem. Em que posso lhe ser útil? - Pergunta um senhor, de aparentemente sessenta anos, baixo, porém robusto, com cabelos brancos e uma fina barba de mesma cor, a Marco, que tinha adentrado pela porta a sua frente.

- Quero um quarto para passar o dia. Não precisa ser o melhor e também nem o pior. - Respondera o adolescente olhando firme nos olhos de quem o atendia e transmitido uma forte persuasão em sua voz.

- Pois não... Mas, como pretende pagar pela hospedagem?

- E quem disse que pagarei? É um favor que fazes a um desconhecido.

- Lamento... Não posso fazer isto... - Neste momento o senhor que atendia a Marco começara a sentir-se estranho. Ele não conseguia tirar os olhos do rapaz. Um leve pensamento de que ceder àquelas vontades o faria a pessoa mais feliz do mundo passa por sua mente. - Ou melhor... Venha comigo jovem, vou mostra-lhe seu quarto.

Os dois seguem então por um curto corredor que levava a outro repleto de portas.

- Este será o seu. Tome sua chave. - Disse o senhor, retirando-se a recepção.

O quarto era simples, porém confortável. Era dotado de uma cama modesta, um criado mudo e uma televisão. As janelas eram grandes assim como as cortinas, que Marco logo deu conta de fechar. “Ainda bem que não dormimos em caixões como pensam os humanos” indaga o rapaz para si, aconchegando-se na cama e logo pegando no sono.

Enquanto isso Ruthless, Mariana, Gustavo e Ana ainda sobrevoavam becos e esquinas perguntando pelo adolescente.

- Vamos voltar. Já vai amanhecer. - Sugere Ruthless ao trio que sobrevoava ao seu lado.

- Não... Quero encontrar meu filho o quanto antes... - Responde Ana.

- Amor... Por favor... Ele deve estar bem. Vamos, eu a tele-transporto para casa. - Discursa Gustavo à Ana, aproximando-se dela. - Qualquer noticia mande-nos avisar.

- Certo. - Responde Mariana.

O casal então se desintegra envolto a uma poeira negra enquanto que Ruthless e Mariana retornam a casa da na qual estavam anteriormente.
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyQua Jul 29, 2009 11:51 pm

VII


A grande surpresa de Lúcio e sua
luta contra Marco no hotel de sua família.


Lúcio após sair daquela biblioteca volta para a casa - um prédio com um letreiro em neon.

- Papai... Já cheguei... Podes ir dormir agora que eu cuido dos hóspedes. - Indaga o rapaz para o senhor da recepção.

- Certo, filho.

- Há algum novato?

- Somente um jovem estranho, vestindo tudo preto e um olhar hipnótico.

- Deve ser mais um gótico. Ele pagou adiantado?

- Não sei... Ou melhor... Não me lembro. Vou ver. - O senhor retira então um enorme fichário de baixo do balcão e começa a vasculhar. - Não... Nem fiz seu registro... Que chato, vamos ter que chamá-lo.

- Eu vou... Diga-me qual é o quarto dele.

- Quarto de número nove.

Lúcio vai até o quarto indicado pelo pai e bate na porta, recebendo resposta somente depois de muita insistência.

- O que queres? - Pergunta o estranho do outro lado da porta número nove.

- Por favor senhor, poderia dirigir-se a recepção munido de seus documentos para que possamos registrá-lo?

- Como assim? Eu já não me registrei?

- Não é o que consta em nossos registros. - Um silêncio se fez. Lúcio torna a chama pelo hóspede desconhecido até que ouve a tranca da porta abrir.

- Será que eu não posso passar meus dados para o senhor então efetuar meu registro sem ter que me deslocar de meu quarto?

- Não... Por favor, venha. - Responde Lúcio, olhando para os olhos de um rapaz que aparentava ter dezesseis para dezessete anos quando com a porta daquele quarto já totalmente aberta.

Os dois trocam olhares por uns instantes quando o chefe regional dos Caçadores pode sentir um medo natural de uma preza diante de seu predador.

“Este rapaz... O que faz aqui? Não era mais fácil ter voltado para seu esconderijo?” Perguntava-se Lúcio, paralisado diante daquele vampiro adolescente.

- E então, não vamos a recepção? - Pergunta o rapaz.

- Sim... Por favor.

Os dois então retornam a recepção, onde o senhor de aparentemente sessenta anos os aguardava.

- Pai, cuide do registro dele. Eu já retorno.

Lúcio segue pelo mesmo corredor cheio de portas e vai em direção a aquela que tinha um duplo zero. Tira uma chave do bolso e a abre, revelando uma verdadeira fortaleza onde havia uma parede cheia de monitores, outra com várias armas épicas - como o arco e flecha -, uma terceira com algumas armas aparentemente futurísticas e finalmente uma quarta, onde estavam encostados uma cama e um criado mudo.

O chefe regional dos Caçadores dirige-se, então, a parede com as armas futurísticas e retira uma pulseira prateada - esférica e flexível, parecendo um relógio, porém sem nada no lugar onde deveriam estar os ponteiros e as horas -, coloca-a no pulso e a pressiona com o dedo indicador esquerdo. Uma luz vinda dela o escanneia por completo. Ao terminar uma voz feminina robotizada indaga: “Usuário identificado. Bem Vindo Lúcio à sua central digital de armamentos”.

O rapaz aproxima então o pulso perto da boca e fala: “Arco e flecha!” Fazendo materializar um arco prateado em sua mão esquerda. Ele então segue volta correndo para a recepção.

Enquanto tentava hipnotizar o senhor da recepção para fazê-lo deixar ficar, Marco sente uma forte picada nas costas, como se algo lhe tivesse perfurado a carne e agora estava a derramar ácido sulfúrico na ferida. Ele olha para trás e vê o rapaz que o havia atendido anteriormente disparando outra flecha contra ele, desta vez o acertando no peito.

- FILHO! O que você está fazendo?! - Questiona o senhor por trás do balcão da recepção, despertando de um quase-transe.

- Ele é um deles pai. Estou levando mais um para o outro mundo. - Responde Lúcio.

Marco cai no chão, sentido como se todo o resto do seu corpo fosse derreter.

- Guardar arco e flecha! - Indaga novamente o feche regional dos Caçadores com o pulso direito próximo a boca. - Canhão de estacas.

Uma espécie de bazuca prateada surge nos ombro de Lúcio.

Ele preparava-se para dar o golpe final quando fora surpreendido por Marco, que ascende do chão e revida as flechadas com uma cortina de poeira negra, vindas das palmas de suas mãos.

- Morra humano medíocre!

Alguns sons de tosse ecoaram daquela cortina de poeira. O ataque durou cerca de trinta segundos. O adolescente já se preparava para atacar o pai de Lúcio quando este o surpreende disparando seu Canhão de estacas, que o faz voltar novamente ao chão, sentido uma dor pior do que havia sentido com as flechadas.

- Não é nada bom, certo? Não é nada bom quando não é com os outros, não achas?! - Ironiza Lúcio olhando seu adversário caído no chão e tendo seu sangue escorrendo pela ferida onde encontrava-se metade da estaca disparada por ele.

- Realmente não é nada bom. Vamos ver se você gosta. - Responde Marco arrancado o artefato prateado de seu peito e a atirando contra Lúcio, que sente somente uma dor aguda antes de cair morto no chão. A estaca havia atravessado seu peito e agora estava presa à parede atrás.

Com o rebuliço muitos hospedes despertaram e já se dirigiam a recepção. O adolescente olha pelas janelas e vê a luz do sol. Ele então lança um olhar para o Pai de Lúcio, atônito pelo o que vira e indaga com um tom firme e autoritário: - Você me deixará em paz no meu quarto. Pegarás esta estaca e colocara também eu seu peito assim que não mais me virdes aqui.

Marco se tele-transporta para seu quarto, enquanto que o pai de Lúcio cumpre com o que lhe fora ordenado.


Última edição por Anime_CG em Ter Ago 25, 2009 10:49 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyQui Jul 30, 2009 11:00 am

fico bom cara *_* continua q voce vai longe xD
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptySex Jul 31, 2009 7:00 pm

VIII


A noticia da morte de Lúcio é entregue a Liana
e a grande decisão de aniquilar Marco.


São treze horas quando um homem alto e magro, de cabelos lisos e negros bate na porta de uma grande mansão.

- Pois não senhor? - Pergunta uma mulher alta, magra e de olhar penetrante, vestindo um uniforme de empregada em azul escuro.

- Olá. Sou Manuel e gostaria de conversar com Liana. Ela encontra-se? - Pergunta o homem.

- Pois não. Mas no momento ela está dormindo. É muito urgente o que tens a falar com minha ama?

- Sim. Por favor, peço que a chame.

A empregada guia, então, Manuela até a sala de estar - que era composta por dois sofás, uma pequena estante de livros e um frigobar - e segue atrás de sua patroa.

- Manuel, quanto tempo não o vejo. O que tem de tão importante ao ponto de me arrancar da cama? - Pergunta Liana, sentando-se do lado de Manuel.

- Vou direto ao ponto: Lúcio acaba de ser assassinado.

- O que eu tenho haver com isto?

- Ele fora assassinado pelo mesmo vampiro que atacara Bianca.

- COMO?! - Pergunta Liana, dando um pulo ao ouvir a noticia.

- Foi esta manhã, quando ele acabara de voltar da casa de Márcio.

- Mas... Não faz sentido algum... Perdoe-me, mas, vocês nunca foram uma grande dor de cabeça para os vampiros.

- De fato. Mas ele não tinha o objetivo em aniquilar o chefe dos caçadores.

Manuel conta tudo o que sabia sobre o incidente a Liana, o que acabara diminuindo sua ansiedade.

- Oras... Se assim foi então não há porque de nos preocupar. Ele mal deve saber da existência de um grupo humano encarregado de aniquilar os vampiros.

- Sim. Mas já não pensou na hipótese de um ataque surpresa ao predador natural dos bruxos? - Questiona Manuel deixando Liana pensativa por alguns instantes.

- Sabes que pela lenda agora existem dois predadores bruxos, não?

- Falas de Emanuel Fidalgo... Já ouvi meus avós contarem sobre ele, mas, nunca soubemos se ele realmente existiu ou não.

- Assim como nenhuma lenda diz que ele morreu ou algo do tipo.

- Por que pensas nisso agora?

- Tenho medo dos dois se unirem. Se isto acontecer não só nós bruxos como toda a humanidade estaria correndo grande risco.

- Por isso mesmo. Vamos aniquilar de uma vez aquele vampirinho metido a “evolucionista” e depois focamos nossa atenção em Emanuel...

- Não... Quero reunir todos aqui para saber o que acham... Isto provocaria uma grande guerra...

E assim foi. Uma grande reunião de Caçadores e bruxos fora anunciada as pressas e todos os que podiam comparecer o fizeram.

Apesar da grande importância que o evento possuía, a pauta em questão foi votada em apenas alguns minutos: unânime para irem atacar Marco.

Os escolhidos para a missão foram: Laura e Paulo - por serem os mais fortes soldados bruxos desta geração.


Última edição por Anime_CG em Ter Ago 25, 2009 10:50 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptySáb Ago 08, 2009 10:53 pm

IX


Um prenúncio de guerra.


Ao retornarem para a casa de Mariana, cada um segue para um quarto - ela para o dela e Ruthless para um de hóspedes, que era de tamanho médio e possuía uma cama, um criado mudo e por cima deste um abajur. Eles só despertam quando Flávio os chama, aos berros...

- O que você quer? - Pergunta Ruthless ao vê-lo, sentando no sofá da sala.

Flávio tinha um corpo de homem na idade de uns trinta para trinta e um anos, porém, sua mentalidade não chegava aos dezessete, por isso quase todos os vampiros o tratava como um “rebelde sem causa”.

- Vim informar da morte de Lúcio por parte do “vampiro de bruxos”. - Pela primeira vez Mariana e Ruthless sentiram seriedade em seu tom de voz.

- Mas... Ele foi caçado ou simplesmente foi atrás do chefe regional dos Caçadores? - Pergunta Mariana, que agora sentava-se na poltrona dupla a frente de Flávio e do lado de Ruthless, que ainda estava em pé.

- Não... Como dizem os humanos: “por ironia do destino”, ele estava no hotel administrado pela família desse Caçador.
- Deveríamos então comemorar. Menos um estorvo. - Responde Ruthless.

- Pois não errastes no português: “deveríamos”, mas não iremos. Isto, por alguma razão, enfurecera ainda mais aos bruxos que, segundo fontes confiáveis, enviaram dois dos melhores soldados bruxos para aniquilá-los.

Ruthless anda então até um ponto em que poderia ser visto claramente pelos dois e começa a discursar: “agora tudo faz sentido. Os bruxos não estão com medo da gente ou coisa parecida, estão com medo de que, depois do surgimento do nome Emanuel Fidalgo na literatura, o que era ficção, ou lenda, tenha se tornado realidade. O porém é que os anjos-humanos não sabem que August Montreal baseou seu livro no que ouviu de nós, vampiros.”

Nesta hora o discurso é interrompido por Mariana, que também começa a falar: “eu lembro-me muito bem do dia em que este livro fora publicado. Se não fosse considerado uma obra prima de um Caçador, a Igreja com certeza o teria extinto.”
Um breve silêncio paira agora sobre a sala, até que Flávio se levanta e indaga:

- E então? Vamos ficar aqui parados ou vamos a luta?

- Mas... Você sabe onde é este hotel? - Pergunta Mariana.

- Sim... Sei... - Responde Flávio.

- Chame os pais de Marco. Me parece que a luta não vai ser nada fácil. - Replica Ruthless.

Mariana levanta-se e aponta com a mão direita para a janela de mesma direção. Seus olhos ficam vermelhos e num instante surge uma coruja - de cor dourada.

- Chame por Gustavo e Ana e diga-lhes para virem imediatamente.

O animal sai voando soltando longos piados, como se estivesse transmitindo a mensagem em seu próprio idioma. Em mais alguns instantes os pais de Marco se materializavam naquele cômodo.

Mariana, Ruthless e Flávio contam tudo aos dois, que surpreendem-se com a decisão de ir ajudar Marco.

- Mas... Isto poderia romper com os laços de paz que penduraram por séculos. - Indaga Gustavo.

- Sim... Mas acho que se explicar o acontecido ao líder bruxo tudo se resolverá. - Responde Mariana.

- Romântica e esperançosa como sempre... Assim como se esquece de que na vida ou na morte nada nem sempre é tão fácil. Replica Ruthless.

- Isto não é hora de achar uma razão para arriscar nossa imortalidade por Marco e sim hora de ir auxiliá-lo. Querendo ou não isto já causou uma guerra e agora é tudo ou nada. - Discursa Flávio, surpreendendo mais uma vez Mariana e Ruthless.

Os cinco transformam-se em morcego e seguem rumo ao hotel onde agora Marco dormia, sem saber do que viria pela frente.
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyQui Ago 13, 2009 6:25 pm

como sempre eu gosto da sua fic =DDD


escreve escreve xDD
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyDom Ago 16, 2009 11:47 pm

X


O Exército Bruxo e o
primeiro confronto.


Atualmente pouco se houve falar acerca do Exército Bruxo - que contém centenas de soldados espalhados pelos quatro cantos do globo.

Na surdina eles não só manipulam o mundo como também jogam com os mais poderosos governos humanos - dando-lhes receitas de armas e táticas de guerra, para que assim ocupem seu tempo evitando catástrofes a níveis surreais.

Um grande exemplo começou um pouco antes do nascimento da primeira criança bruxa, quando os anjos podiam falar e ser vistos por homens e mulheres: um desses, vendo a infinita curiosidade humana e a disparidade de poderes entre eles e seus predadores, resolveu lhes confiar a pólvora - que era um dos mais bem guardados segredos celestiais. Foi este o estopim das atrocidades de semelhantes contra semelhantes. A partir daí uma corte celestial especial foi formada, encarregada de evitar a destruição de toda a criação.

Como cada anjo tem um curto prazo de permanência na terra, o então chefe desta nova guarnição resolveu encarregar a tarefa aos cem primeiros bruxos que surgiram, exatamente cem anos depois de sua formação original. Estava criado o Exército Bruxo.

A missão passada para Lauro e Paulo era simples, apesar de ser considerada de alta prioridade: assassinar o vampiro Marco.

Os dois, através do tele-transporte, não demoram a chegar ao hotel onde “sua presa” estava.

- Vamos ser rápidos e sutis. Já há humanos demais aqui. - Indaga Paulo, ao entrar pela porta e encontrar as centenas de policiais, jornalistas e curiosos olhando para o local onde pai e filho dormiam o “sono eterno”.

- Vou paralisá-los. Não quero mais trabalho pela manhã. - Responde Laura, levantando a mão direita um pouco acima do busto e soprando sobre a palma em direção as pessoas, que param como se tivessem sido petrificadas.

O casal começa a vasculhar o hotel até depararem-se com a porta de número nove.
- Sente essa aura sombria? - Pergunta Laura.

- Sim... Se não for ele é um pobre infeliz que atravessou nosso caminho. - Responde Paulo.
Os dois então afastam-se um pouco e Paulo mira a porta com sua mão esquerda, que solta uma luz branca seguida de um estalo, que atinge o objeto o fazendo estilhaçar em vários pedaços e despertando a quem dormia no quarto.

- O que fazem aqui?! - Pergunta Marco, tentando intimidar o casal com seus olhos vermelhos e suas presas.

- Exatamente o que vês em nossas mentes: “assassiná-lo”. - Responde Laura, disparando um raio elétrico contra ele com o indicador direito.

O ataque atordoara um pouco o vampiro, que acaba sendo jogado fora da cama.

O mesmo se levanta rapidamente e contra-ataca a arranhando com as mãos - que simplesmente cortavam o ar sem encostar na vítima.

Paulo dispara, então, uma pequena bola incandescente semelhando-se a um “mini-sol” com a palma da mão esquerda, que perfura o peito de Marco, o fazendo cair. Neste instante ele e Laura sentem um forte solavanco que os derruba. Ao se virarem para ver quem os atacara, visualizam Ruthless, Mariana, Gustavo, Flávio e Ana.


Última edição por Anime_CG em Qui Ago 27, 2009 4:17 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyTer Ago 25, 2009 10:42 pm

XI


Uma guerra que cada vez mais se aproxima.


- Laura e Paulo... Quanto tempo não os vejo. - Indaga Ruthless, enquanto Gustavo e Ana corriam para socorrer Marco.

- “Que milagre você por aqui”, indaga Laura, em tom irônico, realmente faz muito tempo desde a primeira vez que senti prazer em assassinar um de sua espécie.

Laura, Paulo e Ruthless haviam se encontrado pela primeira vez há muito tempo, em uma missão para evitar uma catástrofe nuclear na Segunda Guerra Mundial. O trio não se dava bem não pelo fato de serem de espécies diferentes e sim porque a dupla tentou evitar que o vampiro trucidasse uma família inteira, a única que havia sobrevivo ao bombardeio de uma cidade.

- Mas, o que lhes trazem aqui? Um instante insano de solidariedade? - Questiona Ruthless, olhando fundo nos olhos da soldada bruxa.

Sem responder, Paulo o ataca com outro “mini-sol”, levando-o ao chão. Foi quando ele sente uma forte ardência em suas costas: Marco havia se levantado e o atacado da mesma forma como fizera anteriormente.

- Vocês nunca morrem não?! Pergunta Laura, um pouco antes de começar a brilhar como o sol.

O ataque acabara deixando quase todos os vampiros queimados e atordoados, enquanto que Marco - a exceção - fora tomado por um instante de insanidade. Quando, enfim, os cinco recobram a consciência, encontram o quarto com manchas de sangue por todos os lados e os dois bruxos mortos no chão.

- Finamente despertaram. - Indaga Marco, como se nada tivesse acontecido.

- O que... O que foi que aconteceu? - Pergunta Mariana, paralisada com aquela cena.

- Eles vieram me matar... Me defendi, oras.

- Filho! Isto pode gerar uma guerra. - Indaga Ana, assustada.

- Que assim seja... - Responde o rapaz, levando um tapa de Ruthless logo em seguida.

- Por mais ódio que sentamos por eles você sabe que se isto acontecer o mundo pode sucumbir... Não teríamos mais alimento e nem onde viver... Apesar de sermos superiores aos humanos não podemos vagar pelo espaço já que não podemos viver a luz das estrelas. - Discursa Ruthless.

- Vocês não podem viver a luz do sol... Mas eu acabo de descobrir que também sou superior aos bruxos e, por conseqüente, acabo de me tornar a forma de vida mais forte deste pequeno mundo insignificante.

- Marco! Não fale assim! Mesmo sendo forte sabes que esta sua força veio do sangue bruxo... Do sangue que agora queres aniquilar. - Responde Gustavo.

- Pai. Não acredito que senti pânico ao pensar no que me diria caso me encontrasse depois de eu ser o segundo vampiro na história a beber sangue de um “anjo-humano”. Mas pelo o que vi não valeu à pena. - Mas uma vez Ruthless ataca Marco, porém, desta vez, com um soco.

- Não voltes a falar assim! Se não serei eu quem te extinguira.

- Então venha Ruthless! Você não honra o nome que carregas!

Ruthless lança, com a mão esquerda, uma esfera negra contra o adolescente atingindo-o em cheio. O mesmo revida com um raio negro, abrindo um buraco em seu abdômen.

- Realmente esse sangue lhe trouxe benefícios... Mas agora mostrarei porque carrego o nome de Implacável. - Discursa Ruthless, que olhava fundo nos olhos de Marco, enquanto fazia crescer suas presas e suas longas asas de morcego, dando-lhe uma abominável aparência de um anjo das sombras assim como sendo circundado por uma aura densa e maligna.

Marco volta a atacá-lo com outro raio negro, porém, desta vez sem efeito. Ele então repete até perceber que aquilo de nada adiantaria.

- Sabe porque me chamam de Ruthless? Bem, tenho certeza que não sabe, já que nunca tevês tempo para perguntar: “é porque sou o primeiro e único bruxo transmutado em vampiro do mundo!”
Um choque passa pela espinha de Marco...

O tempo de Ruthless como vampiro é um completo mistério. Como se tornara um também. O que se sabia era que antes disso ele vivia numa pequena cidadezinha ao sul do velho continente.

A transmutação de humanos para vampiros acontecia quando as vítimas - que eram poucas - conseguiam sobreviver sem sangue no corpo assim como resistissem à ácida saliva de quem os atacara. Para evitar que isto acontecesse, fora criado um código de “não-transmutação”, que exigia que todos os vampiros assassinassem suas vítimas após o ataque.

- Mentiroso! Se assim fosse a bruxinha atacada por mim não teria falecido. - Indaga Marco.
- Bruxos também são humanos e o processo é o mesmo. Mas não o repreendendo pela reação, já que são pouquíssimos que sabem de minha história. Fato que cultivo no meu modo de agir.

Os dois voltam a se atacar, até que Ana grita: “PAREM! VOCÊS NÃO CONSIGUIRAM NADA DESTA FORMA!”

Todos se voltam para ela: - Vocês... Sinceramente... Marco... Parem! Uma guerra virá e se não nos unirmos acabaremos todos mortos! Temos que ir falar com o conselho bruxo ou sei lá com quem para que não venham com ódio nos olhos. Sei que somos vampiros e que estamos acostumados, mas... Eu não quero ver meu único filho morto! - Ela então desaba em lágrimas, sustentada por Gustavo e Mariana.

- Vamos dar uma trégua então? Antes temos que salvar nossa espécie, mas, tenha ciência de que nossa rixa não terminou. - Indaga Ruthless, estendendo sua mão direita.

- Certo. - Responde Marco, apertando a mão de seu adversário.

Após todo o alvoroço, os seis se tele-transportam para a casa de Mariana.


Última edição por Anime_CG em Qui Ago 27, 2009 4:35 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] Ruthless (nome provisório)   [FIC] Ruthless (nome provisório) EmptyTer Ago 25, 2009 10:46 pm

Bem pessoal... Finalmente chego ao fim desta minha terceira ou quarta fic (mas primeira neste forum).
Sinceramente espero que a tenham apreciado e se divertido durante a leitura. Agradeço desde já as críticas e os toques. ^^


XII


Será o fim?


- Que milagre você ter ficado somente observando Mariana. - Indaga Flávio, quando todos acomodados na sala.

- O mesmo para você Flávio. - Responde Mariana.

- Foi bom vocês não terem se metido... Foi como se não estivessem lá a não ser por terem se ferido sob o ataque de Laura. - Replica Ruthless.

Um silêncio se fez... Era como se estivessem esperando pela guerra, sentados. Tinham a certeza que mais cedo ou mais tarde os bruxos viram ao encontro deles cobrando satisfação acerca da morte de Laura e Paulo... E assim foi.

Passados apenas algumas horas os acontecimentos já eram conhecidos por toda a comunidade vampiresca e bruxa. Uma revolta cresceu em ambos os lados - no lado dos vampiros pela esperança de verem a possibilidade de se juntarem contra os “intocáveis”.

Após alguns dias uma reunião com representantes dos dois lados fora marcada e felizmente tudo esclarecido. Marco tivera que ir para uma cadeia especial - com pena de dois mi anos pela morte de Bianca e de dois membros do exército bruxo. Apesar do ódio ambos ainda queriam continuar a viver.

Ruthless, assim como Mariana, Flávio, Ana e Gustavo continuam a vagar pela terra sob a sombra da lua, atacando a humanos não por maldade e sim por necessidade.
Liana, Marcelo e Márcio de nada se sabe. Por serem imortais há quem acredite que também ainda vagam pela terra.

Os caçadores, após a morte de Lúcio, se dissolvera por completo, já que ninguém mais queria ser visto como um louco caçador de seres que simplesmente não existem.

“Antes deste mundo voltar para as trevas ou ser dominado pela luz, há muito o que o se fazer”. - Pensava Ruthless para si, em algum beco escuro esperando a próxima vítima.
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